

Ao longo da carreira, o magistrado destacou-se pela defesa dos direitos humanos.
Nota de pesar
A Justiça Global lamenta e se solidariza com amigos e familiares pela morte de Edinaldo César Santos Júnior, magistrado do Tribunal de Justiça de Sergipe (TJ-SE), que vinha atuando como juiz auxiliar da presidência do Conselho Nacional de Justiça.
Conforme as notícias veiculadas, ele foi encontrado sem vida em sua casa nesta terça-feira (3). Edinaldo, um dos pouquíssimos magistrados negros do país, atuou para a garantia dos direitos humanos em diversas frentes de trabalho, especialmente no campo da proteção da infância e adolescência. É também reconhecido por sua árdua luta pela democratização do sistema de justiça e enfrentamento das discriminações raciais.
Natural de Aracaju, durante a carreira, Ednaldo exerceu o cargo de defensor público na Bahia e contribuiu para importantes projetos e políticas institucionais nas áreas da infância, juventude e direitos humanos. O juiz também era doutorando e mestre em direitos humanos pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) e especialista em direitos humanos pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB).
A Justiça Global acompanhou seu trabalho, comprometido e aguerrido, para a implementação e efetivação do Plano de Intenções pactuado pelos Poderes Executivo e Judiciário do estado do Espírito Santo para o enfrentamento das violações de direitos humanos de adolescentes no sistema socioeducativo naquele estado, pelo qual o Brasil responde internacionalmente na Corte Interamericana de Direitos Humanos.
Trata-se de uma perda irreparável em um país em que os direitos humanos são desvalorizados nos processos de justiça, especialmente em casos envolvendo a infância e adolescência negras, além de pessoas negras serem menos de 1% do corpo de juízes/as em todo território nacional.