Glaucia Marinho, coordenadora da Justiça Global, eleita para a Vice-Presidência da FIDH

Glaucia Marinho, coordenadora da Justiça Global, foi eleita nesta quinta-feira para a Vice-Presidência da Federação Internacional de Direitos Humanos (FIDH). A votação ocorreu durante o 41º Congresso Mundial da entidade, em Paris, que marca os 100 anos de sua fundação.

 

Foto: @babou_kotero / FIDH
FIDH – 41º Congresso

 

Glaucia Marinho tem uma longa trajetória na defesa dos direitos humanos no Brasil. Iniciou sua militância ainda no movimento secundarista, na luta pelo e livre. Integrou coletivos de estudantes negros, dedicou-se a iniciativas de educação popular e foi professora de pré-vestibulares comunitários. Militante pelo direito à moradia, atuou em ocupações sem-teto no Centro do Rio de Janeiro durante os anos 2000, e contra as remoções à época dos megaeventos. Foi membra da Comissão Permanente para a Promoção e Defesa dos Direitos dos Mulheres, da População LGBTI, Promoção da Igualdade Racial e Enfrentamento de Racismo do Conselho Nacional de Direitos Humanos. É Professora Universitária e doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura (ECO-UFRJ). Desde 2012, Glaucia integra a equipe da Justiça Global, e em 2013 a a fazer parte da Coordenação Colegiada da entidade.

Glaucia Marinho Sandra Carvalho - FIDHA Justiça Global recebe este resultado com grande alegria e senso de responsabilidade. Glaucia a a ocupar uma posição que esteve, desde 2019, a cargo da Coordenadora Geral da instituição, Sandra Carvalho. Este reconhecimento da trajetória de Sandra e Glaucia é também um reconhecimento do papel da Justiça Global na defesa e promoção dos direitos humanos no Brasil e em outras partes do Sul Global.

Com o novo mandato junto ao Bureau Internacional da FIDH, a Justiça Global reafirma o compromisso de atuar no fortalecimento da defesa dos direitos humanos em toda a América, contra o racismo, o machismo, a LGBTQIA+fobia, pela vida plena de todos os povos. O Brasil atravessa o período mais terrível de sua história desde a redemocratização. Se os desafios históricos para a defesa dos direitos humanos no país nunca foram fáceis, o cenário de terror, fome, miséria e destruição deixados pela extrema direita exigirão décadas para sua recomposição. Cientes dos desafios, nos somamos e nos fortalecemos junto aos vívidos gritos de resistência que ecoam em nosso continente.

Saudamos, igualmente, a reeleição de Alice Mogwe, de Botswana, para a Presidência da FIDH pelos próximos 3 anos. Temos a convicção de que esta continuará a ser uma gestão voltada ao fortalecimento da proteção a defensoras e defensores de direitos humanos em todo o mundo, bem como no estreitamento da cooperação mútua entre todas as instituições que compõem a FIDH. Celebramos também a eleição de nossas companheiras e companheiros secretários-gerais, vice-presidentes, junto aos quais estaremos lado a lado pelos próximos 3 anos.

A FIDH, agora centenária, congrega 192 organizações de 120 países. Fundada em 1922, trabalha por direitos civis, políticos, econômicos, sociais e culturais, como enunciados na Declaração Universal de Direitos Humanos. Com sede em Paris, a organização tem escritórios em Abidjã, Bamako, Bangkok, Bruxelas, Conacri, Genebra, Haia, Nova York, Pretória e Túnis.

Saiba mais sobre o Centenário da FIDH: www.fidh.org